As multas por descarte irregular atingiam valores devastadores. Empresas enfrentavam apreensão de veículos e suspensão de alvarás por falta de documentação de transporte. A ausência de rastreabilidade gerava passivos ambientais e impossibilitava comprovar destinação correta. Era preciso profissionalizar a logística, garantindo transparência total desde a coleta até a destinação final.
A R5 Terraplanagem implementou frota própria com rastreamento GPS, sistema de pesagem digital e emissão automática de documentos ambientais. Cada caminhão recebe ordem de serviço digital com foto da carga, peso e destino. Mais que transportar, o serviço trouxe rastreabilidade completa, proteção jurídica aos clientes e conformidade ambiental em 100% das operações.
Foi durante a fase de fundação de um shopping center que a R5 Terraplanagem provou a importância do transporte documentado. A obra gerava 35 toneladas de terra por dia durante a escavação das fundações — volume que precisava ser removido rapidamente para não atrasar o cronograma.
O construtor estava usando uma transportadora barata que prometia “resolver tudo”. Os caminhões vinham, carregavam e sumiam. Sem nota, sem CTR, sem comprovante. Apenas um recibo manuscrito dizendo “recebi X caçambas”. O engenheiro chegou a questionar, mas o dono da obra queria economizar e disse que “sempre fez assim”.
No terceiro mês, a bomba estourou. A fiscalização ambiental encontrou 280 toneladas da terra dessa obra despejadas irregularmente em uma área de preservação a 15km dali. Multa: R$ 850 mil. Paralisação imediata da obra. Nome da construtora nos jornais locais. O “transportador barato” desapareceu — telefone desligado, endereço falso.
Foi quando nos chamaram em caráter emergencial. Tinham recebido autorização provisória para retomar a obra, mas precisavam provar destinação correta de todo resíduo dali em diante. Qualquer deslize resultaria em cassação definitiva do alvará.
Assumimos o transporte em uma sexta-feira. No sábado, instalamos nossa operação: cada caminhão equipado com GPS, cada carga fotografada antes e depois, pesagem em balança certificada, destino pré-aprovado pelo órgão ambiental. Criamos um dashboard online onde o engenheiro acompanhava em tempo real cada viagem.
Durante os 4 meses seguintes, transportamos 1.870 toneladas de terra. Cada tonelada com MTR (Manifesto de Transporte de Resíduos), cada destino com CTR assinado. O cliente recebia relatório semanal com todas as cargas, horários, destinos e documentos digitalizados.
Quando a fiscalização voltou para vistoria, o engenheiro abriu o notebook e mostrou tudo: planilha completa, rotas dos caminhões, fotos timestampadas, documentos ambientais. O fiscal ficou impressionado — disse que era o primeiro canteiro que via com esse nível de controle.
A obra foi concluída sem mais problemas. E o construtor aprendeu uma lição cara: transporte de resíduo não é commodity que se escolhe pelo menor preço. É serviço crítico que pode salvar ou destruir um projeto inteiro.
Desde então, essa construtora tem cláusula contratual: só contrata transporte com a R5. Porque documentação não é burocracia — é segurança.
